quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

RELEMBRANDO O CERCO JERICÓ


Esta Missa começou a partir deste mês, e a primeira foi hoje. Ela tem o propósito de manter acesa a chama do Cerco de Jericó ocorrido em setembro do ano passado e já manter esta mesma chama, ainda mais forte, para o Cerco deste ano que também acontecerá em setembro.

Hoje rezamos por diversas intenções juntamente com o Pe. Eli Everson, como: curas de doenças, libertações, etc. Além de rezarmos pelos viciados,prisioneiros e por todos os que pediram as nossas orações: em especial o Santo Padre o Papa Francisco, o Papa Emérito Bento XVI e o nosso pároco Pe. Givanildo juntamente com toda a comunidade de Santa Edwiges.

 E com alegria no coração, nós da Paróquia Santa Edwiges, aproveitamos para convidar a todos que participaram ou desejam participar conosco, para experimentar esta experiência de fé e oração, que no próximo mês será dia 20/02/2014.

Que Maria Santíssima interceda por nós juntamente com Santa Edwiges.
Relembrando
No dia 22/09/2013  aconteceu na Paroquia Santa Edwiges em Brás de Pina o primeiro Cerco de Jericó na caminhada. Foram dias especiais de oração, união com Deus e cura interior. 

Foi uma semana de reflexão e oração, com os Temas, Estar Cheio do Espírito Santo (Josué 1, 1-3), O plano de Vitória de Deus (Josué 1,1-9), Deus resgata o pecador (Josué 2), A porta da vitória, santidade de vida (Josué3, 5-17), Celebrar e renovar a Vitória de Deus (Josué 4, 1-8), Cortar a ligação com o Pecado (Josué 5,2-12), A queda de todas as Muralhas (Josué 6,1-20).
O Cerco de Jericó 2013 foi uma semana incessante de batalha espiritual, com intensificação da oração pessoal e comunitária, Missa diária, adoração ao Santíssimo, confissão, jejum, pregação da Palavra de Deus e o Terço de Nossa Senhora. Toda a comunidade paroquial participou.

O CERCO DE JERICÓ
Aconteceu no Antigo testamento. Está registrado no Livro de Josué, capitulo 6, na narração do acontecimento chamado Cerco de Jericó.
Jericó uma das principais cidades Palestinas Antiga ficava na terra de Canaã, ou terra prometida, por Deus aos filhos de Israel. Era um ponto estratégico, que precisava ser conquistado. Porém, era fortificado e protegido por altas muralhas; sua conquista era tarefa impossível para os homens, mas não era para Deus.

Deus ordenou Josué que fizesse seu povo caminhar durante SETE dias em volta da cidade, louvando e cantando. Após esse tempo, as muralhas cairiam e a cidade seria entregue a seu povo.

Josué e seu povo acreditaram nas promessas de deus. Durante sete dias caminharam em volta da cidade. Ao sétimo dia louvando, cantando e bradando fizeram as muralhas cair, tal como havia sido prometido por Deus. Ao final desse tempo as muralhas caíram e todos puderam entrar na cidade e apossar-se dela.

Gabrile Stilpen
Rosane Viana - catequesecomamor.blogspot.com.br

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domingo, 26 de janeiro de 2014

LEMBRANDO A CARREATA EM HONRA A SANTA EDWIGES EM 13/10/2013 NO III DTC - A


Na primeira leitura, o profeta Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galileia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero.
O Evangelho descreve a realização da promessa profética: Jesus é a luz que começa a brilhar na Galileia e propõe aos homens de toda a terra a Boa Nova da chegada do “Reino”.
 Ao apelo de Jesus, respondem os discípulos: eles serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o “Reino” a toda a terra.
 A segunda leitura apresenta as vicissitudes de uma comunidade de discípulos, que esqueceram Jesus e a sua proposta. Paulo, o apóstolo, exorta-os veementemente a redescobrirem os fundamentos da sua fé e dos compromissos assumidos no batismo.

 Mt 4,12-23
Quando Jesus ouviu dizer que João Batista fora preso, retirou-Se para a Galileia. 
Deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira-mar, no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer:” Terra de Zabulão e terra de Neftali, estrada do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios: o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte, uma luz se levantou”. Desde então, Jesus começou a pregar: 

 “Arrependei-vos, porque o reino de Deus está próximo”. Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. 
Disse-lhes Jesus: "Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens"”. Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O. 
 Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.

É preciso decidir e fazer a Unidade. Há palavras, gestos, caminhadas que unem, que congregam. Isso tem um nome: Reconciliação. É preciso decidir e fazer a Paz: há mãos estendidas, olhares benevolentes, escutas atentas, palavras apaziguadoras, julgamentos compreensíveis. Isso tem um nome: Perdão. A Unidade e a Paz: podemos desejá-las! A Reconciliação e o Perdão: devemos decidi-los!

NOSSO PAI, NÓS TE LOUVAMOS PELO REINO DOS CÉUS, DO QUAL MANIFESTASTE A PRESENÇA NO MEIO DE NÓS, E PELO APELO QUE DIRIGES A CADA UM DE NÓS.

NÓS TE PEDIMOS PELAS TUAS COMUNIDADES E POR TODOS NÓS: CONVERTE OS NOSSOS CORAÇÕES À TUA PRESENÇA NAS NOSSAS VIDAS. TU NOS ENVIAS COMO PESCADORES DE HOMENS. FORTALECE A NOSSA FÉ EM TI, QUE ELA SEJA IRRADIADORA DE LUZ.

Pe Joaquim Garrido, Pe Manuel Barbosa, Pe José Ornelas Carvalho - Sacerdotes do Coração de Jesus – Lisboa - Portugal 
 Imagens Daniel Verdial

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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

"EIS O CORDEIRO DE DEUS"

“NAQUELE TEMPO, JOÃO BATISTA VIU JESUS, QUE VINHA AO SEU ENCONTRO, E EXCLAMOU: “EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO. ERA D’ELE QUE EU DIZIA: ‘DEPOIS DE MIM VIRÁ UM HOMEM, QUE PASSOU À MINHA FRENTE, PORQUE EXISTIA ANTES DE MIM’”.

“Eu não O conhecia, mas para Ele Se manifestar a Israel é que eu vim batizar em água”. João deu mais este testemunho: “Eu vi o Espírito Santo descer do Céu como uma pomba e repousar sobre Ele. Eu não O conhecia, mas quem me enviou a batizar em água é que me disse: “Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e repousar é que batiza no Espírito Santo”. Ora eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus”. Jo 1,29-34

João é, portanto, o apresentador oficial de Jesus. De que forma e em que termos o vai apresentar?
A catequese sobre Jesus que aqui é feita expressa-se através de duas afirmações com um profundo impacto teológico: Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo; e é o Filho de Deus que possui a plenitude do Espírito.

A primeira afirmação (“o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” – Jo 1,29) evoca, provavelmente, duas imagens tradicionais extremamente sugestivas.
Por um lado, evoca a imagem do “servo sofredor”, o cordeiro levado para o matadouro, que assume os pecados do seu Povo e realiza a expiação (cf. Is 52,13-53,12); por outro lado, evoca a imagem do cordeiro pascal, símbolo da ação libertadora de Deus em favor de Israel (cf. Ex 12,1-28). Qualquer uma destas imagens sugere que a pessoa de Jesus está ligada à libertação dos homens.

A ideia é, aliás, explicitada pela definição da missão de Jesus: Ele veio para tirar (“eliminar”) “o pecado do mundo”. A palavra “pecado” aparece, aqui, no singular: não designa os “pecados” dos homens, mas um “pecado” único que oprime a humanidade inteira; esse “pecado” parece ter a ver, no contexto da catequese joânica, com a recusa da proposta de vida com que Deus, desde sempre, quis presentear a humanidade (é dessa recusa que resulta o pecado histórico, que desfeia o mundo e que oprime os homens). O “mundo” designa, neste contexto, a humanidade que resiste à salvação, reduzida à escravidão e que recusa a luz/vida que Jesus lhe pretende oferecer…

 Deus propôs-se tirar a humanidade da situação de escravidão em que esta se encontra; enviou ao mundo Jesus, com a missão de realizar um novo êxodo, que leve os homens da terra da escravidão para a terra da liberdade.
A segunda afirmação (o “Filho de Deus” que possui a plenitude do Espírito Santo e que batiza no Espírito – cf. Jo 1,32-34) completa a anterior. Há aqui vários elementos bem sugestivos: o “cordeiro” é o Filho de Deus; Ele recebeu a plenitude do Espírito; e tem por missão batizar os homens no Espírito.
Dizer que Jesus é o Filho de Deus é dizer que Ele é o Deus que se faz pessoa, que vem ao encontro dos homens, que monta a sua tenda no meio dos homens, a fim de lhes oferecer a plenitude da vida divina. A sua missão consiste em eliminar “o pecado” que torna o homem escravo e que o impede de abrir o coração a Deus.

Dizer que o Espírito desce sobre Jesus e permanece sobre Ele sugere que Jesus possui definitivamente a plenitude da vida de Deus, toda a sua riqueza, todo o seu amor. Por outro lado, a descida do Espírito sobre Jesus é a sua investidura messiânica, a sua unção (“messias” = “ungido”). O quadro leva-nos aos textos do Deutero-Isaías, onde o “Servo” aparece como o eleito de Jahwéh, sobre quem Deus derramou o seu Espírito (cf. Is 42,1), a quem ungiu e a quem enviou para “anunciar a Boa Nova aos pobres, para curar os corações destroçados, para proclamar a libertação aos cativos, para anunciar aos prisioneiros a liberdade” (Is 61,1-2).

Jesus é, finalmente, aquele que batiza no Espírito Santo.
O verbo “batizar” aqui utilizado tem, em grego, duas traduções: “submergir” e “empapar (como a chuva empapa a terra)”; refere-se, em qualquer caso, a um contato total entre a água e o sujeito. “Batizar no Espírito” significa, portanto, um contato total entre o Espírito e o homem, uma chuva de Espírito que cai sobre o homem e lhe preenche o coração. A missão de Jesus consiste, portanto, em derramar o Espírito sobre o homem; e o homem que adere a Jesus, “preenchido” do Espírito e transformado por essa fonte de vida que é o Espírito, abandona a experiência da escuridão (“o pecado”) e alcança o seu pleno desenvolvimento, a plenitude da vida.

A declaração de João convida os homens de todas as épocas a voltarem-se para Jesus e a acolherem a proposta libertadora que, em nome de Deus, Ele faz: só a partir do encontro com Jesus será possível chegar à vida plena, à meta final do Homem Novo.

O cordeiro era um animal utilizado nos sacrifícios dos judeus para a remissão dos pecados. quando o evangelista João apresenta Jesus como o “Cordeiro de Deus”, está revelando sua missão: Jesus é o enviado do Pai para redimir, de uma vez por todas, a humanidade. João Batista esperava ardentemente o Messias. Atento aos “sinais dos tempos”, e a partir da reflexão do Antigo Testamento, ele compreende que o tempo se cumpriu: O Messias está presente. João nos ensina que, para percebermos a ação de Deus no mundo, é necessário uma atenta escuta à sua Palavra. Através da reflexão dos Evangelhos, da participação na Eucaristia e da partilha na comunidade de fé, Jesus nos revela o rosto de bondade de um Deus que veio para tirar “todo o pecado do mundo”. 

Padre Joaquim Garrido
Padre Manuel Barbosa
Padre José Ornelas Carvalho
Frei Sandro Roberto da costa, OFM 


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domingo, 12 de janeiro de 2014

O BATISMO DO SENHOR JESUS


Houve e há momentos que evidenciaram Jesus no meio de nós: profecias sobre ele, convite à Virgem para ser a Mãe do Redentor, o sonho tranquilizador  de José para que não temesse  ser o pai adotivo de Jesus, o nascimento em Belém, a fuga para o Egito para proteger o Menino Deus, a Apresentação do Senhor no templo, Jesus aos 12 anos no Templo.
 Depois, o silêncio: tempo de crescer, de  “aprender” o ofício de carpinteiro, tempo de estar entre os homens na família de Nazaré, o tempo do convívio em família.
 O Batismo vem a ser o tempo da “inauguração” da  missão de Jesus, que vem para o batismo ainda “confundido na multidão, para se submeter ao rito que o coloca entre a fila dos pecadores, daqueles que tem necessidade de se purificar” (Raniero Catalamessa).
 Jesus: anunciado pelos profetas vem. Vem com misericórdia. Ele desaponta e escandaliza muita gente. Quem mais “ganhou” com a sua vinda foram os pagãos, pois “sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens” (Fil. 2,6s).
Como um homem qualquer , tal era Jesus que veio ao Rio Jordão para ser batizado.  É neste contexto da vida  que Jesus vem inaugurando o novo tempo: seu batismo no Rio Jordão é revelado pelo Pai como  o Messias, o Escolhido.
 Aqui começa sua vida pública propriamente dita. A sua missão. O desejo, a vontade do Pai que o revela ao mundo, passa a ser cumprida pelo Filho. 
 Agora, Ele anuncia a Boa Notícia e é Ele mesmo a Boa Nova do Pai.  Ele traz a força do espírito Santo. É o tempo do Batismo no Espírito Santo. É o tempo da Redenção. 
 O tempo de adorar a Deus em Espírito e Verdade (Jo 4, 23).  Não é mais a estrela que indica o caminho para encontrar a Salvação; agora é a voz do Pai que revela Jesus ao mundo, o Filho amado.
Assim, Jesus nos salva. Nos salva porque é Filho de Deus e sendo de condição divina, se faz nosso irmão. Receber a salvação pressupõe escutá-Lo conforme o desejo do Pai: (Mc 9,7). 
 Ouvir Jesus nos falar em nome de Deus que nos convida a um encontro. Este batismo do Senhor é o início de uma grande amizade, de um encontro de Deus com os homens. 
Ainda hoje, hoje mesmo, já agora, o Senhor nos convida ao encontro em que Ele se dará plenamente ao nosso coração: a Eucaristia.
(Cf  O Batismo de Jesus, Catalamessa,  Ano A)

domingo, 5 de janeiro de 2014

EPIFANIA DO SENHOR

EIS O DIA LUMINOSO, EM QUE CRISTO APARECEU, QUE OS PROFETAS ANUNCIARAM E QUE OS ANJOS ADORARAM. AO VER SUA ESTRELA, OS MAGOS SE ALEGRARAM, OFERECENDO SEUS DONS. UM DIA SANTO NOS RAIOU, VINDE, POVOS, E ADORAI!

Vendo os Magos a Criança, vão abrindo seus tesouros e lhe fazem oferendas de incenso, mirra e ouro.
Ó Menino, nos presentes, pelo Pai determinados, reconheces sinais claros do poder do teu Reinado
Para o Rei é dado o ouro, para Deus, o incenso puro. Mas a mirra prenuncia do sepulcro o pó escuro.
Ó Belém, cidade única entre todas as nações, tu geraste, feito homem, o Autor da salvação!
 Como provam os profetas, Deus, o Pai que nos criou, enviou Jesus ao mundo, Juiz e Rei o consagrou.
O seu reino abrange tudo: Oriente e Ocidente, dia e noite, terra e mares, fundo abismo e céu fulgente.
Glória a vós, ó Jesus Cristo, que às nações vos revelais, com o Pai e o Santo Espírito pelos séculos eternais. “Liturgia das Horas”
 Homilia de Padre Givanildo Luiz Andrade na
Epifania do Senhor Jesus – 05.01.2014.

Esta palavra de origem grega – Epifania – cujos significados são manifestação, revelação, aparição –  traz para a realidade da nossa fé a experiência profunda que  o nascimento do Senhor vem  provocar  no seio do judaísmo, ambiente cultural e religioso em que  Jesus estava inserido até a alma. 
O seu nascimento não só trouxe a Salvação para o seu Povo, mas também alargou o direito à ela, à salvação a todos que se sintam tocados por esta nova realidade surgida entre nós: “o mistério mantido oculto por séculos é revelado nos últimos tempos” – Em Jesus, os gentios são chamados a participar da mesma herança, formar o mesmo corpo e ser participantes da promessa por meio do evangelho  (Ef, 3,5s). 
Jesus redime a todos. Neste sentido, exclama santo Agostinho: “Ó Igreja bem-aventurada! Levanta, portanto, os olhos e abre-os sobre o mundo; já podes contemplar a herança até os confins da terra; vês já cumprir-se  o que foi dito: ‘Adorá-lo-ão todos os reis da terra, todos os povos o servirão’”.
Neste atual contexto da humanidade, que já vive a sua pós-modernidade e na qual também, encontram-se inseridos os cristãos, podemos encontrar o Cristo no mundo, entre todos e sobretudo, entre os mais pobres. Temos que ir ao seu encontro como os Magos fizeram iluminados pela Estrela?  É a fé a  luz e condição para encontrá-Lo hoje através da Igreja ?  Podemos afirmar que sim. 
O Senhor Jesus Cristo deixa-Se encontrar em todo e qualquer coração humano, mesmo na aparência de resistência, por exemplo, quando responde à mulher cananéia que lhe suplica a cura da filha, que  “não era lícito dar dos pães dos filhos aos cães e recebe a afirmação da mulher: “É verdade. Mas também os cães comem das migalhas que caem da mesa dos filhos” 
(Mc 7, 27 ). 
Ela recebe não só a admiração do Senhor, mas tudo, absolutamente tudo que ela queria, recebeu, pois grande, autêntica, quente, forte pungente foi e é a sua fé e a fé de todos aqueles que  buscarem o Senhor, encontrarão n’Ele plenitude de vida, de salvação, abertura do Céu, pois ninguém está privado deste Amor tão grande, que é Cristo Jesus, nosso Senhor.

ANÚNCIO DAS SOLENIDADES MÓVEIS DE 2014
Irmãos caríssimos, a glória do Senhor manifestou-se, e sempre há de manifestar-se no meio de nós, até a sua vinda no fim dos tempos. Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo, recordamos e vivemos os mistérios da salvação.
O centro de todo o Ano Litúrgico é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado, que culminará no Domingo de Páscoa, este ano em 20 de abril. Em cada domingo, Páscoa semanal, a Santa Igreja torna presente este grande acontecimento, no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte. Da celebração da Páscoa do Senhor derivam todas as celebrações do Ano Litúrgico: as cinzas, início da Quaresma, em 05 de março; a Ascensão do Senhor, em 01 de junho; o Pentecostes, em 08 de junho; o 1º Domingo do Advento, em 30 de novembro. Também as festas da Santa Mãe de Deus, dos Apóstolos, dos Santos, e na comemoração dos Fiéis Defuntos, a Igreja peregrina sobre a terra proclama a Páscoa do Senhor. A Cristo que era, que é e que há de vir, Senhor do tempo e da história, louvor e glória pelos séculos dos séculos. Amém.

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

SANTA MARIA MÃE DE DEUS 1° JANEIRO 2014

O MUNDO INTEIRO ESPERA A RESPOSTA DE MARIA OUVISTE, Ó VIRGEM, QUE VAIS CONCEBER E DAR À LUZ UM FILHO – TU OUVISTE – MAS DO ESPÍRITO SANTO. 

O Anjo espera tua resposta: já é tempo de voltar a Deus que o enviou. Também nós, senhora, miseravelmente esmagados por uma sentença de condenação, esperamos uma palavra de misericórdia.
E eis que te é oferecido o preço de nossa salvação; se consentes, seremos livres. Fomos todos criados no Verbo eterno de Deus, mas caímos na morte; com uma breve resposta tua seremos recriados e novamente chamados à vida.
Ó Virgem cheia de bondade, o triste Adão, expulso do paraíso com a sua pobre descendência, implora a tua resposta; Abraão a implora, Davi a implora.
Os outros patriarcas, teus antepassados, que também habitam a região das sombras da morte, suplicam esta resposta. O mundo inteiro a espera, prosternado a teus pés.
 E não é sem razão, pois de  tua palavra depende o alívio dos infelizes, a redenção dos cativos, a libertação dos condenados, a salvação enfim de todos os filhos de Adão, de toda a tua raça.
Apressa-te ó Virgem, em dar a tua resposta; responde sem demora ao Anjo, ou melhor, responde ao Senhor pelo Anjo. 
Responde uma palavra e acolhe a Palavra; pronuncia a tua palavra e concebe a Palavra de Deus; profere uma palavra passageira e abraça a Palavra eterna.
Por que tardas? Por que hesitas? Crê, fala conforme a tua fé e acolhe. Que tua humildade se revista de audácia, tua modéstia de confiança. De nenhum modo convém que tua simplicidade virginal esqueça a prudência.
Neste encontro único, porém, Virgem prudente, não temas a presunção. Pois, se tua modéstia no silêncio foi agradável a Deus, mais necessária é agora tua virtude nas palavras.
Abre, ó Virgem santa, teu coração à fé, teus lábios ao consentimento, teu seio ao Criador. Eis que o Desejado de todas as nações bate à tua porta. Ah!  Se enquanto tardas, ele passa adiante e começas de novo a procurar  com lágrimas aquele que teu coração ama! Levanta-te, corre, abre.
 Levante-te pela fé, corre pela entrega a Deus, abre pelo consentimento. “Eis aqui”, diz a Virgem, “a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.
(Das Homilias de são Bernardo, abade, em louvor da Virgem Mãe).



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