segunda-feira, 21 de abril de 2014

QUAL O PODER DESTE CRUCIFICADO? SEXTA-FEIRA SANTA


 E nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. (Is 53, 4-5)
Homilia de Padre Givanildo Luiz Andrade
QUAL O PODER DESTE CRUCIFICADO? A ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL DA VERDADE!

Verdade que não vem juntar-se a “verdades”, ao que já existe no homem, mas que desvela o que nele, embora oculto, é capaz de torná-lo  plenamente humano: o amor, pois  amor e verdade se casam.
 Onipotência de um amor poderoso o bastante para renunciar ao poder e, amorosamente ir, ao encontro da fraqueza.

Jesus assume as dores e as angústias de todos nós, de todos os perseguidos da história, de todos os que sofreram, sofrem e sofrerão: “Eis o homem!”, diz Pilatos: eis o homem e todos os homens!
 Em Isaías, à vista de estado miserável a que foi reduzido  O Servo Sofredor, as testemunhas o tomam primeiramente por um pecador castigado por Deus, um “leproso” a ser evitado.
 Mas, bruscamente ( Is  53,4 ), elas se voltam a outra direção: o que ali vemos, somos nós mesmos!

Este homem é a revelação do nosso mal, da nossa desgraça conhecida ou ignorada.
Ele carrega o pecado do mundo e forçoso é voltarmos o nosso olhar para aquele que trespassamos. 

Nele, em Jesus se manifestam todas as dimensões de nossa sempre disfarçada perversidade bem como “a largura e a profundidade do amor” de um Deus que quis ser até este extremo Emanuel, o “Deus-conosco”.
No seio mesmo de sua humilhação, Jesus é nela Mestre e Senhor. Jesus é Senhor e até mesmo Rei. Ora, todo Rei exerce o poder.
Qual é o poder deste Crucificado?
A atração irresistível da Verdade. Verdade que não vem juntar-se a “verdades”, ao que já  existe no homem, mas que desvela o que nele, embora oculto, é capaz de torna-lo plenamente humano.
O amor, pois o amor e verdade se casam. Onipotência de  um amor poderoso o bastante para renunciar  ao poder e, amorosamente, ir ao encontro da fraqueza – “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
(Cf.: Marcel Domergue, publicado no Sítio  Croire. Tradução de  Francisco O. Lara, Jõao Bosco Lara e José J. Lara).
A “VIA DOLOROSA” É
ESSENCIALMENTE UM EXERCÍCIO DE PIEDADE E DEVOÇÃO, UM CAMINHO QUE NOS PERMITE PURIFICAR NOSSOS PASSOS NO VOSSO SEGUIMENTO.
 
CAMINHO PARA O CALVÁRIO.
Senhor Jesus, neste longo e tenebroso trajeto, suportastes dores, injúrias e humilhações. Queremos aprender de vós a fidelidade a Deus, mesmo
diante das dificuldades que nos cercam ao longo da vida.
Quando o “povo” pediu a crucificação de Jesus, Pilatos pediu água e lavou as mãos, dizendo: “Não sou responsável pelo sangue deste homem. É um problema de vocês”. Depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.

A morrer crucificado, teu Jesus é condenado por teus crimes, pecador. Pela virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus.
Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e se dirige ao monte Calvário ou Gólgota, onde será crucificado. A cruz era um antigo instrumento de suplício, usado para executar os condenados à morte.

Com a cruz é carregado e do peso acabrunhado, vai morrer por teu amor.
Seu corpo está coberto de sangue, suas forças  esmorecem, e ele cai. Com chicotes,
os soldados o forçam a se levantar e continuar o caminho para o Calvário.
Pela cruz tão oprimido cai Jesus desfalecido pela tua salvação.
Mãe e filho se encontram e se abraçam em meio à dor. Eles tudo partilham, até a cruz, até o fim. Sem palavras, a dor leva-nos a compartilhar este momento sofrido, expresso em seus rostos.
De Maria lacrimosa, sua mãe tão dolorosa, vê a imensa compaixão
Simão ajuda Jesus a carregar a sua cruz
Em extremo desmaiado, deve auxílio tão cansado, receber do Cirineu.
Uma mulher se comove e decide limpar a face do condenado tingida de sangue. No pano usado por Verônica ficou gravado o rosto de Jesus.
O seu rosto ensanguentado, por Verônica enxugado eis no pano apareceu.
Seu espírito estava preparado, mas seu corpo estava esgotado e abatido. Jesus caminhava com dificuldade e pela segunda vez cai sob a cruz.
Outra vez desfalecido, pelas dores abatido,
cai em terra o salvador.

 Já estavam próximos do monte Calvário. Jesus, abatido pela dor e vendo suas forças esgotadas, ainda tem ânimo para consolar as mulheres que, chorando, lamentavam o sofrimento dele.
Das matronas piedosas, de Sião filhas chorosas, é Jesus consolador. Pela virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus.
“Repartiram entre si minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”.
Dos vestidos despojado, por verdugos maltratado, eu vos vejo, meu Jesus.
São cravados pregos de ferro que lhe rasgam a carne, dilacerando mãos e pés. A cruz é erguida, Jesus fica suspenso entre o céu e a terra. Agora é o fim, ele está definitivamente condenado.
Sois por mim à cruz pregado, insultado, blasfemado com cegueira e com furor.
Depois de longa agonia, Jesus lança seu último grito do alto da cruz: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Em seguida, inclinou a cabeça e entregou o espírito a Deus.
Por meus crimes padecestes, meu Jesus, por mim morrestes como é grande a minha dor.

Às vésperas do sábado, José de Arimateia foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Com a permissão de Pilatos, José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e o enrolou no lençol. Maria, sua mãe, recebeu-o em seus braços.

Do madeiro vos tiraram e nos braços vos deixaram de Maria, que aflição.
José de Arimatéia colocou o corpo de Jesus num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado, e rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo.
No sepulcro vos deixaram, enterrado vos choraram, magoado o coração.

SOBRE VOSSA CRUZ RESPLANDECE A LUZ DA ESPERANÇA, QUE NÃO NOS PERMITE VOLTAR ATRÁS. A VOSSA CRUZ SE TORNE PARA TODOS NÓS SINAL DE
VITÓRIA. AJUDAI-NOS A ABRAÇÁ-LA COM AMOR PARA QUE POSSAMOS VISLUMBRAR O BRILHO DA VOSSA RESSURREIÇÃO.
VÓS QUE VIVEIS E REINAIS PARA SEMPRE.


Paróquia Santa Edwiges
Rua Gurupema, 36 - Brás de Pina
Pároco Givanildo Luiz Andrade

Imagens Daniel Verdial