quinta-feira, 30 de outubro de 2014

MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS PELA FESTA DE SANTA EDWIGES PRESIDIDA POR DOM PAULO CÉSAR COSTA E CONCELEBRADA PELO PADRE GIVANIDO LUIZ ANDRADE

VIVER SOB O TÍTULO DE CRISTÃO NÃO É UM CAMINHO MÁGICO PARA A SALVAÇÃO. ELE É DOM, FRUTO DO ENCONTRO ENTRE A DISPOSIÇÃO HUMANA DE PASSAR PELA PORTA ESTREITA E O INFINITO AMOR DE DEUS

 Lucas 13,22-30 - Naquele tempo, Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam? Jesus respondeu: Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão.
Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta! Ele responderá: Não sei de onde sois. Então começareis a dizer: Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças! Ele, porém, responderá: Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!
Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”. 
“As exigências do Reino apresentadas por Jesus levou os discípulos a se perguntarem pelo número dos que seriam salvos. Imaginavam serem poucas as pessoas predispostas e fiéis ao projeto apregoado pelo Mestre. 
A dinâmica do Reino, como Jesus a entendia, rompia com os esquemas mundanos e só podia ser vivida por quem, de fato, se predispunha a enfrentar a cruz, como caminho necessário para a glória.
A questão levantada pelos discípulos pareceu ser irrelevante para Jesus. Era inútil saber se os salvos seriam poucos ou muitos. Importava, sim, empenhar-se continuamente para, com a graça de Deus, entrar no Reino, através da porta estreita. Portanto, era tempo de refletir e tomar uma decisão sábia, para evitar o risco de ser deixado do lado de fora.
A exclusão do Reino poderá ser uma experiência trágica. O choro e ranger de dentes expressam o desespero de quem desperdiçou a chance que lhe fora oferecida. A segurança fundada em elementos inconsistentes frustrar-se-á quando o cristão comparecer diante do Senhor. 
Ter comido e bebido na presença de Jesus e tê-lo visto ensinar nas praças não será suficiente para garantir a salvação. Jesus só reconhecerá como discípulo e salvará quem, como ele, tiver sido capaz de colocar-se a serviço do próximo, sem medo de perder tudo por causa do Reino”.

Paróquia Santa Edwiges
Brás de Pina - RJ
Pároco: Pe Givanildo Luiz Andrade
Fotografia: Daniel Verdial




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domingo, 26 de outubro de 2014

“MESTRE, QUAL É O MAIOR MANDAMENTO DA LEI?” - 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM - A


Mais três, e encerraremos o ano litúrgico, com a Solenidade de Cristo-Rei. O tempo passa, a vida passa, a história passa… Elevemos o olhar e o coração para Aquele que não passa, Aquele que é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim da nossa existência, o Cristo, nosso Deus!

No passado Domingo, o Senhor Jesus ordenava: “Dai a Deus o que é de Deus!” De Deus é tudo, ainda que tudo pareça nosso: “Tudo pertence a vós: Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, as coisas presentes e as futuras.Tudo é vosso; mas vós sois de Cristo e Cristo é de Deus” (1Cor 3,21-23). 

Esta é, precisamente, a dificuldade, a miopia ou, mais ainda, a cegueira, o triste pecado do mundo atual: não perceber Deus, não enxergar com a razão, com o afeto, com o coração que Deus é o Tudo, o Substrato, o Sentido da nossa existência. 
Sem ele, nada tem sentido perene, nada tem valor duradouro, nada tem valor absoluto… nem a vida humana, que somente pode ser respeitada de modo absoluto quando é compreendida como imagem de Deus. Pois bem, a Palavra deste Domingo prolonga a de oito dias atrás. “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”, da Lei de Moisés – perguntam ao Senhor para novamente tentar apanhá-lo em armadilha. Qual o preceito que, sendo observado, resume a observância de toda Lei? Jesus responde prontamente: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!” 

Como bom judeu, o Senhor Jesus nada mais faz que retomar o preceito do Antigo Testamento. Amar a Deus! Amá-lo significa fazer dele o tudo da nossa existência, significa viver a vida aberta para ele, buscando sinceramente a sua santa vontade.
 Amá-lo é não conceber a vida como algo que é meu em sentido absoluto, mas um dom que recebi de Deus, que em diante de Deus devo viver e a Deus devo, um dia, devolver com frutos. Amá-lo é não viver na minha vontade, mas buscando a sua santa vontade, mesmo que esta não seja o que eu esperaria ou desejaria… Amá-lo é sair de mim para encontrar-me nele!
Mas, para que este amor a Deus não seja algo abstrato, teórico, meramente feito de palavras ou sentimentos superficiais, o Senhor Jesus nos aponta uma medida concreta desse amor. 

Seguindo ainda a tradição judaica do Antigo Testamento, ele liga, condiciona o amor a Deus ao amor aos outros, aos próximos, àqueles que a providência divina coloca no nosso caminho: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo
Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”. Eis, portanto: a medida da verdade do amor a Deus é o amor, a dedicação para com os outros; e não os outros teoricamente, mas os próximos: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo!” Notemos que aqui Jesus não ensina nada de novo. 
Este preceito já valia para um bom judeu. Jesus está respondendo a um fariseu, um escriba judeu. Basta recordar como a primeira leitura de hoje, tirada da Torah, da Lei de Moisés, já ligava os dois amores, a Deus e ao próximo. O Senhor, já no Antigo Testamento, deixava claro que estará sempre do lado do nosso próximo, sobretudo se ele for débil e necessitado: 
“Se clamar por mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.” Estejamos, portanto, atentos: o amor concreto para com o nosso próximo é a medida do nosso amor a Deus! 

O Evangelho – como todo o Novo Testamento e a reta e sadia Tradição da Igreja – desconhece uma relação com Deus baseada numa fé sem obras que nasçam do amor. Basta recordar o belíssimo hino ao amor, da Primeira Carta aos Coríntios: “Ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, eu nada seria” (13,2). Que ninguém se iluda com um vazio discurso sobre uma fé vã sem as obras que dela nascem e a revelam! 
A fé sem amor a Deus e ao próximo, aquela fé que gosta de dizer “estou salvo” de se compraz em decretar a condenação dos outros é uma fé inútil, vazia, falsa e morta!
Caríssimos, se o Senhor Jesus respondeu ao escriba fariseu, dizendo que ele deveria amar a Deus e ao próximo como a si mesmo, a nós, seus discípulos, a nós, cristãos, ele aponta um ideal muito mais alto! 
Ouso afirmar que não basta, de modo algum para um cristão, amar os outros como a si mesmo! Recordai-vos todos que, na véspera de sua paixão santíssima, quando sentou-se à Mesa santa conosco, para dar-se a nós na Eucaristia, como maior dom de amor, o Senhor nosso e Deus nosso, Jesus Cristo, deu-nos, então, o mandamento pleno, completo: “Amai-vos como eu vos amei!” (Jo 13,34); “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais” (Jo 13,15). 
Agora, às vésperas da cruz, agora, à Mesa da Eucaristia, agora, lavando-nos os pés, dando-se totalmente a nós, Jesus poderia ser compreendido! Ele é o amor verdadeiro, ele é a medida e o modelo do amor: “Não há maior prova de amor que dar a vida!” (Jo 15,13) Amai-vos como eu vos amei!
Eis, caríssimos, como é grande a tarefa que o Senhor nos confia! Quem poderá realizá-la? Onde poderemos conseguir um amor assim? Eu vos digo: contemplando Jesus na oração, escutando Jesus na Escritura, comungando com Jesus na Eucaristia, procurando Jesus nos irmãos!
 É assim que teremos os mesmos sentimentos do Cristo Jesus (cf. Fl 2,5) e viveremos a vida no amor total que ele, nosso Senhor, teve para com Deus, o Pai e para com os próximos. Fora disso, toda conversa sobre amor não passa de teoria, de ideologia que de cristã tem pouco ou nada. Que o Senhor nos conceda, então, por esta Eucaristia, o dom do verdadeiro amor. Amém.
D. Henrique Soares da Costa
 presbiteros.com.br

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Paróquia Santa Edwiges em Brás de Pina
Pároco Pe Givanildo Luiz Andrade
Imagens Daniel Verdial
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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

"DEVOLVEI, POIS, A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS, O QUE É DE DEUS" 29º DOMINGO DO TEMPO COMUM - A


O Evangelho ensina que o homem, sem deixar de cumprir as suas obrigações com a comunidade em que está inserido, pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Tudo o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão ao poder político.
EVANGELHO – Mt 22,15-21
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus.
Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para deliberar sobre a maneira de surpreender Jesus no que dissesse. Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos, juntamente com os herodianos, e disseram-Lhe: “Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas, segundo a verdade, o caminho de Deus, sem Te deixares influenciar por ninguém, pois não fazes acepção de pessoas.
 Diz-nos o teu parecer: É lícito ou não pagar tributo a César?”. Jesus, conhecendo a sua malícia, respondeu: “Porque Me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tribute”. Eles apresentaram-Lhe um denário, e Jesus perguntou: “De quem é esta imagem e esta inscrição?”. Eles responderam: “De César”. Disse-lhes Jesus: “Então, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Confrontado com a questão, Jesus convidou os seus interlocutores a mostrar a moeda do imposto e a reconhecerem a imagem gravada na moeda (a imagem de César). Depois, Jesus concluiu: “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. O que é que esta afirmação significa? Significa uma espécie de repartição equitativa das obrigações do homem entre o poder político e o poder religioso?
Dar a Deus o que é de Deus! Conseguiremos com o testemunho de uma vida coerente, sentindo-nos filhos de Deus, tanto na praça pública como na conversa amável na casa de alguns amigos, persuadidos de que só no seio da Igreja se guardam os valores que podem preencher o tremendo vazio moral e religioso que encontramos na sociedade. Uma sociedade sem esses valores está voltada para uma crescente agressividade e também uma progressiva desumanização. Deus não é uma estrela longínqua, inoperante, mas uma poderosa luz que dá sentido a todos os afazeres humanos.
Diante das tentativas de afastar Deus da vida dos homens contemporâneos na pressuposição que Ele diminua a sua liberdade e a responsabilidade, o Papa Emérito Bento XVI durante a visita apostólica à Alemanha, afirmou com renovado vigor: “Onde Deus está presente, há esperança e abrem-se perspectivas novas e, freqüentemente, inesperadas que vão para além do hoje e das coisas efêmeras”. Como membro vivo e atuante nas nossas comunidades somos chamados a participar na vida e ação evangelizadora e missionária da Igreja. 
A Igreja no Brasil, nas suas diretrizes gerais, nos pede que todos devemos: “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”

ATENÇÃO PAROQUIANOS!
Convidamos você e sua família para a Missa em Ação de Graças pela festa da Padroeira, presidida por Dom Paulo César no próximo dia 29/10 às 19h. E após a missa esperamos você no salão com um prato daquilo que você melhor sabe fazer, para em um junta pratos confraternizarmos com o bispo neste belo jantar!!

Estaremos providenciando o arroz e a farofa. Venha!! Esperamos por vocês!
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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

EDWIGES SANTA PADROEIRA DOS POBRES E ENDIVIDADOS DIA 16/10/2014


Com firme postura cristã a nobre e santa Edwiges educou os filhos e também conduziu seu esposo pelo caminho da fé. Juntos, acolhiam os pobres, tratavam com piedade seus empregados e faziam penitências. 
Empreenderam também inúmeras construções de conventos, hospitais, escolas, mosteiros e igrejas. Assim dizia Edwiges: "Quanto mais ilustre se for pela origem, tanto mais se deve distinguir pela virtude, e quanto mais alta for a posição social, tanto mais obrigação se tem de edificar ao próximo pelo bom exemplo".
Quando completou vinte anos, a jovem manifestou o desejo de seguir a Jesus Cristo dedicando-se completamente. De comum acordo com seu esposo, fizeram o voto de castidade. Edwiges intensificou suas obras de caridade e acolhimento. 
Visitava os hospitais e tratava as feridas dos doentes, visitava as pessoas presas e pagava-lhe as dívidas além de lhes conseguir um digno trabalho. Também amparava as viúvas dando-lhes o conforto da palavra e do acolhimento. Passou sete anos no convento. Sua filha tornou-se abadessa do convento e juntas acolheram inúmeras jovens com desejo de dedicar sua vida a Deus. Edwiges curou a muitos cegos e enfermos.
EDWIGES: A INTERCESSORA
Já em vida a Duquesa Edwiges da Silésia era considerada por muitos como uma pessoa excepcional. Alguns a tinham por uma santa. 
Os que a viam viver de modo austero, com mortificações e na prática das virtudes cristãs mais difíceis estavam convencidos de sua santidade. Esta convicção era particularmente forte entre os pobres e os doentes. 
De fato dizem as crônicas que foram eles, enfermos e pessoas humildes que começaram a freqüentar o túmulo de Edwiges na Igreja da abadia de Trzebnica. 
A superiora do mosteiro, filha de Edwiges, priora Gertrudes, facilitava o acesso dos visitantes e peregrinos à pequena capela de São Pedro, onde se encontrava o túmulo de sua santa mãe.
Os visitantes testemunhavam a grande bondade da Duquesa, divulgavam os fatos de sua constante generosidade e das graças que recebiam através das orações de intercessão de Edwiges em vida. Após sua morte o povo cristão continuou contando com as suas orações lá no céu.
Com o fluxo de pessoas aumentando a priora Gertrudes instalou um grupo de vigilantes próximo ao túmulo e ordenou que fossem registrados por escritos os sinais e graças obtidos pela intercessão da famosa Duquesa falecida.
O primeiro milagre aceito oficialmente pela intercessão de Edwiges foi registrado em 1249, seis anos após sua morte. 
Tratou-se da cura de uma mulher chamada Estanislawa. Ela penava há muito tempo com uma paralisia que lhe causava feridas constantemente abertas e foi curada pela intercessão de Edwiges.
Os milagres a ela atribuídos continuaram. Não se conta os casos pequenos e sim os mais evidentes e marcantes. 
Até o ano de 1267 quando foi anunciada a sua canonização, a ela foram atribuídos 85 casos de auxílio extraordinário. De três deles tem-se o registro de datas: em 1249 o acima citado; em 1262 o segundo e o terceiro em 1263. 
Silésia, Pomerânia, Grande Polônia, Olominiec e Moissen. A diversidade e distância das regiões de onde vinham os necessitados sinaliza já a difusão da sua inicial devoção.
Os autores de biografia de Edwiges descrevem os peregrinos e dizem que vinham até Trzebnica descalços, deitados em carroças, apoiados em bengalas ou andando com grandes dificuldades.
Desejavam tocar o túmulo da Santa Duquesa; beijá-lo e às vezes deitar-se sobre ele na esperança de encontrar a cura para seus males. Traziam ofertas de longe: alimentos, objetos, peças diversas. Algumas coisas eram para sinalizar a cura que desejavam ou que já haviam tido.
O CULTO A SANTA EDWIGES SE DIFUNDE
O culto de Santa Edwiges logo propagou-se para além das fronteiras da Polônia. Entre muitos motivos para esta difusão temos os vários Bispos que testemunhavam a importância do local e da vida da Santa Duquesa.
Na Idade Média seu culto espalhou-se por toda a Europa central, da Polônia até Antuérpia e no sul até Trento e a Hungria, o que pode ser comprovado facilmente pela quantia de Igrejas e oratórios a ela dedicados. 
A festa da Santa Edwiges constava do calendário de muitas dioceses. A Santa era homenageada por 26 hinos no Breviário, livro de orações e Salmos. Nestes hinos apareciam os nomes de nações e povos que honravam a Santa, tais como os poloneses, alemães, franceses, etc.
A pedido do então rei da Polônia, Jan Sobieski, o Papa Inocêncio 11 (1676–1689) introduziu o culto de Santa Edwiges como obrigatório para toda a Igreja. Para comemorar este fato a abadessa do convento de Trzebnica, Cristina de Wierzbno Pawlowska, mandou fazer um sarcófago monumental em mármore, existente até hoje, com uma estátua em alabastro, representando a Santa. Ela também iniciou uma ampliação da Igreja dedicada a Edwiges, concluída muito tempo depois.
Em 1707 o Papa Clemente 11 (1700–1721), a pedido de Maria Cristina, viúva de Jan Sobieski da Polônia, recomendou a todos os sacerdotes que, na oração do breviário romano, acrescentassem, no dia 17 de outubro, uma oração especial, espécie de momento litúrgico além de todas as preces prescritas. 
A escolha do dia 17 foi em função de que no dia 15 de outubro já se celebrava a Festa de Santa Tereza de Ávila. No século 20, em função da canonização de Santa Margarida Maria Alacoque, o Papa Pio 11 (1922–1939) transferiu a festa de Edwiges para o dia 16 de outubro.
Em 1943 celebrou-se o sétimo centenário da morte de Santa Edwiges. Naquele ano o Papa Pio 12 elevou a Igreja do túmulo de Edwiges à categoria de Basílica menor.

SANTA EDWIGES ROGAI POR NÓS!!!


PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA – RJ
Pároco: Pe Givanildo Luiz Andrade
Texto: Santuário de Santa Edwiges
Arquidiocese de São Paulo e Zenit.com

Imagens: Daniel Verdial

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

ÚLTIMOS DIAS DA NOVENA DE SANTA EDWIGES

A transladação das relíquias de Edwiges somente foi possível após a conclusão da obra de construção da grande capela que as abrigariam, no novo Santuário de Santa Edwiges.
A capela onde as relíquias foram guardadas enquanto se esperava o término do Santuário chamava-se São João Batista. O Santuário dedicado a ela foi construído em estilo gótico ele atraia a atenção de todos pela beleza e grandiosidade.
No dia da transladação das relíquias, dia muito esperado, diga-se de passagem, pelos devotos da santa e pelas autoridades eclesiásticas, multidões de fiéis chegaram a Trzebnica. Vinham não somente da Silésia, mas de muitos outros lugares onde a fama da santidade de Edwiges foi anunciada e os sinais de Deus operados pela sua intercessão ocorreram.
Fiéis da Polônia, Boêmia, Moravia e outras regiões, como Luzyce, Meissen e Saxônia, todos queriam estar presentes naquela ocasião. Afinal, não era sempre que alguém tão próximo do coração, dos pobres e quase que no mesmo tempo era elevado aos altares!
A solenidade foi presidida pelo neto de Edwiges, Ladislau, Arcebispo de Salzburgo, nomeado pelo Papa para esta ocasião como seu legado (representante). 
Acompanhavam o Bispo Ladislau muitos outros Bispos,  Abades, religiosos e religiosas. A família da Santa estava toda lá: netos, bisnetos. Príncipes poloneses que descendiam de Edwiges e muitas comitivas de lugares distantes e diversos.
Segundo as crônicas houve um tempo bom, com o sol de agosto brilhando sobre a multidão que pôde expressar sua devoção e afeto à santa duquesa. 
As pessoas armavam suas barracas ou se hospedavam nas casas e conventos próximos. Muitas cores se faziam presente, representando ducados e aldeias, governantes e grupos religiosos. Haviam cantos, círios, alegria. Todos desejavam entrar na nova Igreja, o grande santuário dedicado a Deus e à memória da santa duquesa que a todos quis bem e socorrera. Agora todos desejavam retribuir este afeto e esta santidade com a participação, a oração, o louvor.
Assim, as cerimônias e comemorações de Santa Edwiges, tendo no centro as suas relíquias, foram as seguintes: — Em 17 de agosto de 1267: exumação dos restos mortais da duquesa. — 25 de agosto de 1267: elevação do altar da capela de São Pedro no convento de Trzebnica e transladação dos restos mortas de Edwiges para lá. — 25 de agosto de 1268: transladação para a capela de São João Batista. — 25 de agosto de 1269: transladação definitiva para a capela de Santa Edwiges no Santuário de Santa Edwiges.

PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA – RJ
Pároco: Pe Givanildo Luiz Andrade
Texto: Santuário de Santa Edwiges
Arquidiocese de São Paulo, Região Episcopal Ipiranga – Imagens: Daniel Verdial


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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

CARREATA EM HONRA A SANTA EDWIGES NOSSA PADROEIRA

Na celebração de canonização de Edwiges, no ano de 1267, o Papa Clemente 4º a apresentava como exemplo digno de ser imitado no que se refere à pratica do amor ao próximo. Chegou até a indicar alguns trechos da Escritura em que Edwiges se inspirava para sua assistência social e auxílio dos necessitados.
O Papa disse que Edwiges gravou em seu coração as palavras do Senhor: “Sede pois, misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso” (Lucas 6, 36). 
Edwiges espalhava o bem entre os necessitados, com rapidez e decisão, como se tivesse sempre em mente as palavras do Evangelho: “E respondendo, o Rei lhes dirá: ‘Em verdade vos digo que, quantas vezes vós fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim é que o fizestes’” (Mt 25, 40).
Edwiges ajudava os pobres, cuidava dos doentes e famintos, tratava com carinho e atenção às parturientes e jamais esquecia as viúvas e órfãos. 
Em qualquer parte onde pudesse perceber necessidades e falta de recursos, acorria em auxílio, guiada pelo amor de seu coração.

E não fazia isto como outras princesas ou rainhas que mandavam seus serviçais, mas sim ia pessoalmente e apresentava sua ajuda, seguindo as palavras do Mestre que diz: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5, 7).
A Duquesa Edwiges tinha como princíío que nenhum dos pobres e necessitados sofresse fome no castelo ducal de Wroclaw. Isto motivou-a a construir uma cozinha para os pobres sob a direção de um cozinheiro experiente. Para os que tinham forme havia um cozinheiro e auxiliares à vontade.
É comum ver a estátua de Santa Edwiges com uma coroa na mão ou com um livro. Às vezes é com um livro e acima dele, apoiada nele, uma coroa. O sinal é que ela era atenta à Palavra de Deus ou às regras de vida escritas pelos Santos e ao mesmo tempo mantinha sua nobreza, sua dignidade.

Mas encontramos também estátuas de Santa Edwiges com pequenas Igrejas na mão. Aliás, é esta a forma mais comum de ver sua representação. 
O motivo é claro: Edwiges dedicou muito de seu tempo e de suas posses para construir lugares onde as pessoas podiam encontrar Deus. Ela construiu Igrejas e Conventos onde pessoas comuns e Monges e Monjas podiam orar, contemplar e estar em comunhão com o sagrado.
Continuando nossa apresentação da vida de nossa Santa Edwiges, lembremos que da última vez contamos que ela havia construído um convento em Trzebnica. Este convento foi muito importante na sua vida. Não sabemos direito como era o seu aspecto externo, pois não restou muito daquele tempo. Sabemos por uma gravura de 1234 e de algumas indicações escritas que o convento era a metade do que é atualmente.
Foram descobertos fornos de aquecimento debaixo do atual piso do convento. Os fornos eram importantes pois mantinham a casa aquecida. Do lado oeste do convento descobriu-se o que deve ter sido a ala dos hóspedes e de acolhida dos peregrinos. Edwiges deve ter morado naquela região do convento.

Nossa Santa se empenhou muito na construção daquele edifício. E através desta construção ela conseguiu também muitos benefícios a seu povo. De fato, a sentença de morte era muito comum naquele tempo. 
 Edwiges conseguia que seu marido, senhor daquelas terras, não executasse os inimigos, mas os direcionava para os trabalhos naquela construção. Fazia assim também com os devedores, não impondo a eles a prisão e a humilhação.

Em 1232 assume o convento de Trzebnica a Monja Gertrudes, filha de Edwiges. As religiosas que lá estavam, pelo que se pode ler nos registros, eram tanto polonesas quanto alemãs. 
Com a prática de estimular a construção deste convento e outras obras, Edwiges marcava presença e influenciava positivamente a sociedade de seu tempo, gerando também possibilidades de vida e dignidade para seus súditos, especialmente os mais empobrecidos.


PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA – RJ
Pároco: Pe Givanildo Luiz Andrade
Texto: Santuário de Santa Edwiges
Arquidiocese de São Paulo, Região Episcopal Ipiranga – SP - Imagens: Daniel Verdial

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