sexta-feira, 17 de outubro de 2014

EDWIGES SANTA PADROEIRA DOS POBRES E ENDIVIDADOS DIA 16/10/2014


Com firme postura cristã a nobre e santa Edwiges educou os filhos e também conduziu seu esposo pelo caminho da fé. Juntos, acolhiam os pobres, tratavam com piedade seus empregados e faziam penitências. 
Empreenderam também inúmeras construções de conventos, hospitais, escolas, mosteiros e igrejas. Assim dizia Edwiges: "Quanto mais ilustre se for pela origem, tanto mais se deve distinguir pela virtude, e quanto mais alta for a posição social, tanto mais obrigação se tem de edificar ao próximo pelo bom exemplo".
Quando completou vinte anos, a jovem manifestou o desejo de seguir a Jesus Cristo dedicando-se completamente. De comum acordo com seu esposo, fizeram o voto de castidade. Edwiges intensificou suas obras de caridade e acolhimento. 
Visitava os hospitais e tratava as feridas dos doentes, visitava as pessoas presas e pagava-lhe as dívidas além de lhes conseguir um digno trabalho. Também amparava as viúvas dando-lhes o conforto da palavra e do acolhimento. Passou sete anos no convento. Sua filha tornou-se abadessa do convento e juntas acolheram inúmeras jovens com desejo de dedicar sua vida a Deus. Edwiges curou a muitos cegos e enfermos.
EDWIGES: A INTERCESSORA
Já em vida a Duquesa Edwiges da Silésia era considerada por muitos como uma pessoa excepcional. Alguns a tinham por uma santa. 
Os que a viam viver de modo austero, com mortificações e na prática das virtudes cristãs mais difíceis estavam convencidos de sua santidade. Esta convicção era particularmente forte entre os pobres e os doentes. 
De fato dizem as crônicas que foram eles, enfermos e pessoas humildes que começaram a freqüentar o túmulo de Edwiges na Igreja da abadia de Trzebnica. 
A superiora do mosteiro, filha de Edwiges, priora Gertrudes, facilitava o acesso dos visitantes e peregrinos à pequena capela de São Pedro, onde se encontrava o túmulo de sua santa mãe.
Os visitantes testemunhavam a grande bondade da Duquesa, divulgavam os fatos de sua constante generosidade e das graças que recebiam através das orações de intercessão de Edwiges em vida. Após sua morte o povo cristão continuou contando com as suas orações lá no céu.
Com o fluxo de pessoas aumentando a priora Gertrudes instalou um grupo de vigilantes próximo ao túmulo e ordenou que fossem registrados por escritos os sinais e graças obtidos pela intercessão da famosa Duquesa falecida.
O primeiro milagre aceito oficialmente pela intercessão de Edwiges foi registrado em 1249, seis anos após sua morte. 
Tratou-se da cura de uma mulher chamada Estanislawa. Ela penava há muito tempo com uma paralisia que lhe causava feridas constantemente abertas e foi curada pela intercessão de Edwiges.
Os milagres a ela atribuídos continuaram. Não se conta os casos pequenos e sim os mais evidentes e marcantes. 
Até o ano de 1267 quando foi anunciada a sua canonização, a ela foram atribuídos 85 casos de auxílio extraordinário. De três deles tem-se o registro de datas: em 1249 o acima citado; em 1262 o segundo e o terceiro em 1263. 
Silésia, Pomerânia, Grande Polônia, Olominiec e Moissen. A diversidade e distância das regiões de onde vinham os necessitados sinaliza já a difusão da sua inicial devoção.
Os autores de biografia de Edwiges descrevem os peregrinos e dizem que vinham até Trzebnica descalços, deitados em carroças, apoiados em bengalas ou andando com grandes dificuldades.
Desejavam tocar o túmulo da Santa Duquesa; beijá-lo e às vezes deitar-se sobre ele na esperança de encontrar a cura para seus males. Traziam ofertas de longe: alimentos, objetos, peças diversas. Algumas coisas eram para sinalizar a cura que desejavam ou que já haviam tido.
O CULTO A SANTA EDWIGES SE DIFUNDE
O culto de Santa Edwiges logo propagou-se para além das fronteiras da Polônia. Entre muitos motivos para esta difusão temos os vários Bispos que testemunhavam a importância do local e da vida da Santa Duquesa.
Na Idade Média seu culto espalhou-se por toda a Europa central, da Polônia até Antuérpia e no sul até Trento e a Hungria, o que pode ser comprovado facilmente pela quantia de Igrejas e oratórios a ela dedicados. 
A festa da Santa Edwiges constava do calendário de muitas dioceses. A Santa era homenageada por 26 hinos no Breviário, livro de orações e Salmos. Nestes hinos apareciam os nomes de nações e povos que honravam a Santa, tais como os poloneses, alemães, franceses, etc.
A pedido do então rei da Polônia, Jan Sobieski, o Papa Inocêncio 11 (1676–1689) introduziu o culto de Santa Edwiges como obrigatório para toda a Igreja. Para comemorar este fato a abadessa do convento de Trzebnica, Cristina de Wierzbno Pawlowska, mandou fazer um sarcófago monumental em mármore, existente até hoje, com uma estátua em alabastro, representando a Santa. Ela também iniciou uma ampliação da Igreja dedicada a Edwiges, concluída muito tempo depois.
Em 1707 o Papa Clemente 11 (1700–1721), a pedido de Maria Cristina, viúva de Jan Sobieski da Polônia, recomendou a todos os sacerdotes que, na oração do breviário romano, acrescentassem, no dia 17 de outubro, uma oração especial, espécie de momento litúrgico além de todas as preces prescritas. 
A escolha do dia 17 foi em função de que no dia 15 de outubro já se celebrava a Festa de Santa Tereza de Ávila. No século 20, em função da canonização de Santa Margarida Maria Alacoque, o Papa Pio 11 (1922–1939) transferiu a festa de Edwiges para o dia 16 de outubro.
Em 1943 celebrou-se o sétimo centenário da morte de Santa Edwiges. Naquele ano o Papa Pio 12 elevou a Igreja do túmulo de Edwiges à categoria de Basílica menor.

SANTA EDWIGES ROGAI POR NÓS!!!


PARÓQUIA SANTA EDWIGES
BRÁS DE PINA – RJ
Pároco: Pe Givanildo Luiz Andrade
Texto: Santuário de Santa Edwiges
Arquidiocese de São Paulo e Zenit.com

Imagens: Daniel Verdial