EIS O DIA LUMINOSO, EM QUE CRISTO APARECEU, QUE OS PROFETAS ANUNCIARAM E
QUE OS ANJOS ADORARAM. AO VER SUA ESTRELA, OS MAGOS SE ALEGRARAM,
OFERECENDO SEUS DONS. UM DIA SANTO NOS RAIOU, VINDE, POVOS, E ADORAI!
Vendo os Magos a Criança, vão abrindo seus tesouros e lhe fazem
oferendas de incenso, mirra e ouro.
Ó
Menino, nos presentes, pelo Pai determinados, reconheces sinais claros do poder
do teu Reinado
Para o Rei é dado o ouro, para Deus, o incenso puro. Mas a mirra
prenuncia do sepulcro o pó escuro.
Ó Belém, cidade única entre todas as nações, tu geraste, feito homem, o
Autor da salvação!
Como provam os profetas, Deus, o Pai que nos criou, enviou Jesus ao
mundo, Juiz e Rei o consagrou.
O seu reino abrange tudo: Oriente e Ocidente, dia e noite, terra e
mares, fundo abismo e céu fulgente.
Glória a vós, ó Jesus Cristo, que às nações vos
revelais, com o Pai e o Santo Espírito pelos séculos eternais. “Liturgia das Horas”
Homilia de Padre
Givanildo Luiz Andrade na
Epifania do
Senhor Jesus – 05.01.2014.
Esta palavra de origem grega – Epifania – cujos significados são
manifestação, revelação, aparição – traz
para a realidade da nossa fé a experiência profunda que o nascimento do Senhor vem provocar
no seio do judaísmo, ambiente cultural e religioso em que Jesus estava inserido até a alma.
O seu
nascimento não só trouxe a Salvação para o seu Povo, mas também alargou o
direito à ela, à salvação a todos que se sintam tocados por esta nova realidade
surgida entre nós: “o mistério mantido oculto por séculos é revelado nos
últimos tempos” – Em Jesus, os gentios são chamados a participar da mesma
herança, formar o mesmo corpo e ser participantes da promessa por meio do
evangelho (Ef, 3,5s).
Jesus redime a
todos. Neste sentido, exclama santo Agostinho: “Ó Igreja bem-aventurada!
Levanta, portanto, os olhos e abre-os sobre o mundo; já podes contemplar a
herança até os confins da terra; vês já cumprir-se o que foi dito: ‘Adorá-lo-ão todos os reis da
terra, todos os povos o servirão’”.
Neste atual
contexto da humanidade, que já vive a sua pós-modernidade e na qual também,
encontram-se inseridos os cristãos, podemos encontrar o Cristo no mundo, entre
todos e sobretudo, entre os mais pobres. Temos que ir ao seu encontro como os
Magos fizeram iluminados pela Estrela? É
a fé a luz e condição para encontrá-Lo
hoje através da Igreja ? Podemos afirmar
que sim.
O Senhor Jesus Cristo deixa-Se encontrar em todo e qualquer coração humano, mesmo na aparência de resistência, por exemplo, quando responde à mulher cananéia que lhe suplica a cura da filha, que “não era lícito dar dos pães dos filhos aos cães e recebe a afirmação da mulher: “É
verdade. Mas também os cães comem das migalhas que caem da mesa dos filhos”
(Mc 7, 27 ).
(Mc 7, 27 ).
Ela recebe não só a admiração do Senhor, mas tudo, absolutamente tudo que ela queria, recebeu, pois grande, autêntica, quente, forte pungente foi e é a sua fé e a fé de todos aqueles que buscarem o Senhor, encontrarão n’Ele plenitude de vida, de salvação, abertura do Céu, pois ninguém está privado deste Amor tão grande, que é Cristo Jesus, nosso Senhor.
ANÚNCIO
DAS SOLENIDADES MÓVEIS DE 2014
Irmãos
caríssimos, a glória do Senhor manifestou-se, e sempre há de manifestar-se no
meio de nós, até a sua vinda no fim dos tempos. Nos ritmos e nas
vicissitudes do tempo, recordamos e vivemos os mistérios da salvação.
O centro de todo
o Ano Litúrgico é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado, que
culminará no Domingo de Páscoa, este ano em 20 de abril. Em cada domingo,
Páscoa semanal, a Santa Igreja torna presente este grande acontecimento, no
qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte. Da celebração da Páscoa do Senhor
derivam todas as celebrações do Ano Litúrgico: as cinzas, início da Quaresma,
em 05 de março; a Ascensão do Senhor, em 01 de junho; o Pentecostes, em 08 de
junho; o 1º Domingo do Advento, em 30 de novembro. Também as festas da Santa
Mãe de Deus, dos Apóstolos, dos Santos, e na comemoração dos Fiéis Defuntos, a
Igreja peregrina sobre a terra proclama a Páscoa do Senhor. A Cristo que era,
que é e que há de vir, Senhor do tempo e da história, louvor e glória pelos
séculos dos séculos. Amém.
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