segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR NO TEMPLO 02/02/2014


É festa! Conforme a lei mosaica, o filho primogênito após quarenta dias do seu nascimento era apresentado  no templo de Jerusalém e oferecido ao Senhor.
 E  a mãe passava pelo ritual da “purificação”. É impossível alguém ser apresentado e ao mesmo tempo oferecido, dado, ofertado, entregue e se manter no anonimato.
 O próprio ato de ser apresentado ou se apresentar, já se torna um evento público, revelado, transmitido, noticiado.
Essa festa é Notícia. O Senhor é apresentado no templo, recebido nos braços de Simeão que exclama: 
"Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: Luz para iluminar as nações e Glória de teu povo Israel" ( Lc 2, 29-32 ).
 Jesus é Revelação e Oferta – o Apresentado  é luz que “tudo refulge e, afastadas as treva, tudo se ilumina pela abundância  da luz eterna;
  mais ainda por manifestar  o brilho interior necessário ao nosso encontro com Cristo.
  É a Virgem, a Mãe de Deus, que traz nos braços a verdadeira luz e se faz presente aos que jaziam  nas trevas, igualmente nós, à luz de sua presença, que a todos ilumina, apressemo-nos por nos encontrar com aquele que é a verdadeira luz, luz que ilumina todo homem que vem a este mundo.
 Sejamos todos iluminados, refulgentes. Ninguém deixe de ser iniciado neste esplendor, ninguém continue mergulhado na noite.
 Mas adiantemo-nos todos a brilhar, esplêndidos; vamos cheios  de luz todos juntos, acolhamos com o velho Simeão aquela luz clara e eterna; com ele exultantes, cantemos hinos de ação de graças ao Criador, Pai da luz, que enviou a luz verdadeira, expulsou  a escuridão e nos tornou a todos resplandecentes.
 A salvação de Deus, preparada diante da face de todos os povos e manifestada para a nossa glória de novo Israel, também fez com que nós víssemos. 
A  nós que estávamos no antigo crime; como  Simeão, que, tendo visto a Cristo, imediatamente foi liberto dos laços da vida presente.
 Nós também, abraçando pela fé o Cristo de Belém, 
 que veio até nós, de pagãos nos tornamos povo de Deus e contemplamos com os olhos o Deus feito carne; e vendo a presença de Deus e tomando-o nos braços da mente, recebemos o nome de novo Israel e celebramos suas festas anuais, para que nunca nos esqueçamos DAQUELE QUE VIRÁ”.
(Cf. “Dos sermões de são Sofrônio, bispo -  Séc. VII )

DE MODO ESPECIAL, CELEBRAMOS O DIA DEDICADO À VIDA CONSAGRADA. OS RELIGIOSOS E RELIGIOSAS CONSAGRAM TODA SUA VIDA A DEUS, SERVINDO AO PRÓXIMO POR AMOR AO REINO DOS
CÉUS.
 A vida consagrada tem sua origem com o fim da grande perseguição que o Império Romano comandou ao longo dos primeiros três séculos da Igreja. Durante este tempo, incontáveis fiéis derramaram seu sangue em testemunho da fé em Cristo e em sua Igreja. Quando finalmente cessou a perseguição, havia muitos cristãos, homens e mulheres,
 que desejavam uma vivência da fé mais radical, na intimidade da contemplação e do serviço aos irmãos. 
 Eles foram os precursores das mais variadas formas de vida religiosa que existem ainda hoje nos conventos, nos mosteiros, junto aos doentes, aos idosos, nas creches, nos colégios e no silêncio contemplativo dos claustros. 
 Nós os chamamos de religiosos e religiosas, frades e freiras, irmãos e irmãs, monges e monjas; seu ideal é viver em comunidade como os primeiros cristãos, tendo tudo em comum, seguindo o exemplo de Cristo, que foi pobre, casto e obediente. 
Escolhem tudo isso não por fuga do mundo, mas por um amor radical a Jesus: “Se queres ser perfeito, vai e vende tudo o que tens, dá aos pobres e segue-Me.”

Paróquia Santa Edwiges - Brás de Pina - RJ
Pároco Givanildo Luiz de Andrade
Imagens Daniel Verdial