segunda-feira, 12 de maio de 2014

"EU SOU A PORTA. QUEM ENTRAR POR MIM SERÁ SALVO, ENTRARÁ E SAIRÁ E ENCONTRARÁ PASTAGEM" - Jo 10,9

Homilia de Padre Givanildo Luiz Andrade
Num mundo dilacerado por profundas divisões e inquietações que, transbordam do coração inquieto, perdido, machucado e que também machuca, estas palavras 
aparentemente simples de Jesus colocando-se em nossa vida como o Bom Pastor, leva à inquietação a muitos, inclusive a nós, tão profundamente marcados pela racionalidade, a refletir: sou ovelha do Senhor?
 Quero, aceito ser conduzido (a)  neste mundo tão marcado pelas experiências e descobertas das ciências sobre o que vem a ser de fato o homem?
No "alto" de minhas capacidades, aonde eu tenho a "posse" das mais profundas descobertas cientificas a respeito da vida, do Cosmos e de mim mesmo, quero "entrar pela porta do redil das ovelhas" e se deixar, apesar de si, de seus conhecimentos, da liberdade expressada em "alto e bom som", liberdade esta conquistada à custa "de sangue e sacrifícios" neste tempo, neste contexto de vida contemporâneo, ser ovelha do Senhor?
Neste domingo do Bom Pastor, por traz destas palavras aparentemente simples de Jesus, encontra-se também todo o desafio  àquele (a) que tem o desejo da adesão ao Senhor, a Ele pertencer; abraçá-Lo em suas dores para tomar posse de sua Ressurreição.
Não são tempos fáceis. Aliás, nunca foram. Ter Jesus como seu Pastor, seu Bom Pastor e desejar ardentemente entrar e sair pela Porta, pressupõe liberdade.
Eis que a porta está aberta, estará sempre aberta. Só quem é plenamente livre pode entrar e, sair e encontrar pastagem - Jo 10, 9.
Neste domingo, também comemoramos o dia das Mães.
O filme  "Pedro", possui a cena expressiva do encontro entre Pedro e Maria. Em meio às dificuldades da Igreja nascente com os judaizantes,o apóstolo hesitante vai se aconselhar com a mãe de Jesus.
Encontra-a  amassando o pão. Ela o ouve e pouco lhe diz.
Porém, docemente convida-o a fazer o mesmo  com ela. Ambos põem as mãos na massa. É o pão feito a quatro mãos. A solicitude materna de Maria, invocada como consoladora dos aflitos, auxílio dos cristãos serve como jaculatória nos momentos de dificuldades. Os filhos clamam por socorro à mãe. Ela é a nossa vida, nossa doçura e nossa esperança!
Cada filho ou filha possui a mais querida das mães. A própria é sempre única e insubstituível. Assim dizem as crianças: a minha é a melhor mãe do mundo. Presume-se que assim seja: incomparável.
Há mães que sofrem intensamente, a começar de Maria junto à cruz.Muitas choram seus filhos e filhas desaparecidos. Outras os perdem devido às drogas ou à violência banal e odiosa. Mães exigem justiça. Mães resistentes. Mães desistentes.
Geralmente, as mães embelezam e alegram o mundo.Cuidam da vida. Por elas e com elas, elevemos ao Senhor louvores e preces.
Por fim, oremos pelas vocações para que o Senhor suscite no coração de nossos jovens, o ardente desejo à vida consagrada  e ao sacerdócio.
A paz!



(Cf.: também  Editorial do Jornal o Testemunho de fé, edição semanal n. 691 de 11 a 17 de maio de 2104)

PARÓQUIA SANTA EDWIGES- BRÁS DE PINA - RJ
Pároco Givanildo Luiz Andrade
Imagens: Daniel Verdial