terça-feira, 12 de agosto de 2014

“SOU EU” - 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM - MT 14,22-33


 Neste sentido, trazemos à tona a experiência fundamental da fé que transcorre o coração do crente ao longo do seu caminhar na história em direção ao “Dia do Senhor e Senhor dos dias”. 
É no transcorrer do dia-a-dia que nos deparamos com os desafios inerentes à vivência de pertencer a um Outro; na relação que pressupõe a reciprocidade, implicando viver a realidade da fidelidade. Ser fiel. 
A fidelidade é o grande desafio ao coração humano. É a fidelidade ao Senhor que faz o profeta Elias sofrer. Vivendo em meio à idolatria do seu tempo, Elias é chamado a servir ao deus Baal, mas prefere a instabilidade e o perigo enfrentando os inimigos do verdadeiro Deus e vai encontrá-Lo no cimo do monte Horeb, onde o Senhor “passará”. Foi uma noite longa. A suavidade da presença do Senhor iluminou o seu dia.
Também Jesus passou pela noite. Para superar o cansaço e a fome de multidões, compadecido de suas fragilidades, fortaleceu-as com a Bênção e o alimento multiplicado e partido e distribuído em cestos. Também, Ele sobe à montanha para rezar e estar com o Pai. 
O amor busca estar junto. Na turbulência das águas da vida, o mar bravio é chamado a aquietar-se, para que o Senhor tire-nos  o medo, segure-nos pela mão, como fez com Pedro. E assim, os amigos do Senhor vão percorrendo os séculos ao encontro do grande “Dia do Senhor e Senhor dos dias” – S. João Paulo II.
Neste domingo celebramos o dia dos pais. Lembro-me da vida de uma família residente em uma comunidade no Rio de Janeiro. Depois de anos de vivência familiar e quatro filhos já crescidos, o pai foi chamado a continuar a exercer a sua paternidade, agora em relação à sua esposa. 
Passados os tempos da juventude, acamada e doente, agora ele, o pai da casa, também tornou-se “o pai de sua esposa”, cuidando de suas necessidades, banhando o seu corpo frágil, alimentando-a no dia-a-dia dos seus últimos meses de vida. Viveu a fidelidade que um dia tinha abraçado com ela no vigor da juventude. 
Pai, pai é aquele que tem os olhos do Filho voltados para ele, para juntos saciar milhares de famintos. Pai é aquele esposo que na impossibilidade física de sua esposa, também ele esposo, se faz pai para ela. Pai é aquele homem que, aos 75 anos de vida, depois de perder seu filho e nora num acidente de automóvel, é chamado pelas circunstâncias da vida, a revigorar suas forças para cuidar dos dois netos deixados órfãos. 
Pai é também aquela mulher que é mãe e pai ao mesmo tempo. Há, várias assim. Ontem, conheci uma, agora, vó. Seu marido faleceu e deixou-lhes três filhos pequenos que ela teve o cuidado de terminar de criá-los e educá-los. Pai é todo aquele ou aquela que cuida. O verdadeiro pai gera o amor no seu coração, gerando  paz.
Um forte abraço, pe Givanildo
Pe. Givanildo,
Hoje louvamos  e agradecemos a Deus pelo dom de sua vida, de quem a Providência Divina se serviu,  a fim de nos permitir estar aqui para agradecer seus 23 anos de ordenação sacerdotal.

Na vida há acontecimentos e datas que não podemos esquecer, e no que diz respeito à sua vocação, muito mais se torna importante fazer memória, principalmente como atitude de ação de graças pelo dom recebido. 
A nossa paróquia é abençoada pela sua presença e pelo seu trabalho, e hoje nós compreendemos um pouco a vocação para o sacerdócio como sendo um dom divinal, um dom para o qual é preciso abrir mão de muitas coisas essenciais na vida, como: a família, o conforto, os amigos, a liberdade.
Ser sacerdote é ser grato...estar disposto...é ser forte...destemido...mesmo que o coração esteja partido pela dor e muitas vezes não ser compreendido. Um verdadeiro despojar-se de si mesmo, para que no fim, se obtenha o tudo ofertado pelas mãos de Deus.
Tudo isso, porque...
O coração do padre é um vaso de compaixão, é um cálice de amor, é o ponto de encontro do amor humano  e divino.
O padre é um homem cuja meta é ser outro Cristo, é um homem que vive para servir, que se crucificou, para que assim, elevado, ele atraia  tudo para Cristo.

Podemos afirmar que comemorar o aniversário de sua ordenação, é comemorar a vida, pois o sacerdote não é apenas o homem da liturgia, mas, aquele que faz da sua vida um culto litúrgico, identificando-se com a realidade da cruz, que é doação, amor e entrega aos irmãos e à Igreja, fazendo da sua vida um sacramento intenso e fecundo. 
A ordenação sacerdotal é um momento marcante e significativo para a Igreja, pois reafirma  a aliança de Deus com a humanidade. Não estamos sós. 

Cristo caminha conosco pela intercessão das mãos consagradas do padre, que em cada celebração eucarística, O coloca vivo entre nós; pleno de misericórdia, perdão e amor. 
Por tudo isto padre, agradecemos pelo seu contínuo esforço, zelo e dedicação.
Parabéns ao senhor neste dia tão grandioso. Que Deus o abençoe sempre,  e que Maria, Mãe da Igreja, plena do Espírito Santo, lhe impulsione cada vez mais a assumir esse lindo ministério!
Receba nosso carinho e abraço fraterno!!! 
Paroquianos da Paróquia Santa Edwiges
10/08/2014


Imagens Daniel Verdial

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