sábado, 14 de março de 2015

“DESTRUÍ ESTE TEMPLO, E EM TRÊS DIAS EU O LEVANTAREI.” - JO 2,19 - 3º DOMINGO DA QUARESMA 2015


A liturgia do 3º Domingo da Quaresma dá-nos conta da eterna preocupação de Deus em conduzir os homens ao encontro da vida nova. Nesse sentido, a Palavra de Deus que nos é proposta apresenta sugestões diversas de conversão e de renovação.
Na primeira leitura, Deus oferece-nos um conjunto de indicações (“mandamentos”) que devem balizar a nossa caminhada pela vida. São indicações que dizem respeito às duas dimensões fundamentais da nossa existência: a nossa relação com Deus e a nossa relação com os irmãos.
Na segunda leitura, o apóstolo Paulo sugere-nos uma conversão à lógica de Deus… É preciso que descubramos que a salvação, a vida plena, a felicidade sem fim não está numa lógica de poder, de autoridade, de riqueza, de importância, mas está na lógica da cruz – isto é, no amor total, no dom da vida até às últimas consequências, no serviço simples e humilde aos irmãos.
No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “Novo Templo” onde Deus Se revela aos homens e lhes oferece o seu amor. Convida-nos a olhar para Jesus e a descobrir nas suas indicações, no seu anúncio, no seu “Evangelho” essa proposta de vida nova que Deus nos quer apresentar.
Homilia de Padre Givanildo Luiz Andrade no
3º Domingo da Quaresma – Ano B
A cena se passa no chamado pórtico dos pagãos, um grande átrio limitado por um muro a partir do qual só era permitida a entrada dos judeus. Era uma espécie de mercado, onde se podia comprar óleo, vinho, sal, juntamente com as ofertas que seriam utilizadas no culto para o sacrifício ritual, desde as pombinhas, rolinhas, até vacas e bois. 
De um lado, os peregrinos tentando defender-se da avidez dos comerciantes; de outro, os vendedores, buscando o maior lucro. É nesse ambiente que Jesus intervém, deixando-nos uma profunda lição: não fazer da casa de Deus uma casa de comércio.
É neste tempo de graça e renovação, que pela oração e sempre por ela, buscando também no jejum que nos torna solidários com os desprovidos que o Senhor Jesus vai nos conduzindo à Jerusalém, à fim de com Ele, celebrarmos a Páscoa. 
Sozinhos não podemos, mas iluminados pelos seus ensinamentos, podemos "descer" ao mais profundo de nós mesmos e olhando -nos por dentro, vislumbrar as nossas faltas e fadigas, confessando-as  para sentir o conforto que nos vem pela misericórdia do Senhor, que nos levanta, nos reanimarmos e nos dar a força para retornamos ao bom caminho.
Tudo isto acontece pelo pacto, pela aliança, que é um compromisso de reciprocidade. Daí, a importância da Lei do Senhor, que nos conduz à felicidade.
O salmo 18 canta a perfeição e a beleza da Lei e a alegria que produzida no coração daquele que a observa, leva- o assim, a descobrir sempre de novo a beleza dos mandamentos: "Senhor, tens palavras  de vida eterna."
É preciso subir a Jerusalém, lugar do templo do Senhor, reedificado após três dias - Jo 2,19, mistério de sua Páscoa que Ele anuncia, cuja consequência é a ressurreição gloriosa do Senhor, razão da nossa esperança.
O Senhor nos anima pela sua Lei e sua presença que não a suprime, mas a completa, a subir com Ele e com Ele, sermos crucificados a fim de que possamos, com Cristo, renascer para uma vida nova.
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 2,13-25
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas.  
E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá.” Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei.”
Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 
Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele. Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. 
Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome.
 Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.


CONFISSÕES QUARESMAIS 
A Quaresma é um tempo propício para se fazer a reconciliação sacramental com Deus. Neste tempo, as paróquias costumam organizar as confissões quaresmais. Procure se informar a respeito dos horários e locais, preparando-se através de um sincero e profundo exame de consciência.

Paróquia Santa Edwiges em Brás de Pina - RJ
Pároco: Pe Givanildo Luiz Andrade
Imagens: Daniel Verdial
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